Com passagens pelo futsal paulista, ala brasileiro fala sobre experiência no Japão

 
Com passagens por equipes do futsal paulista como A.A.B.B., Corinthians, São Caetano e, mais recentemente, São José, o ala Vinícius Crepaldi tem se destacado no esporte das quadras mas, desta vez, no Japão. O jogador, que atualmente veste a camisa do Shriker Osaka, time japonês, falou sobre suas experiências nas quatro linhas na “Terra do sol nascente” e, também, nos clubes de São Paulo. Confira!
“Tive duas passagens pelo Corinthians: a primeira foi no sub-17, quando joguei um ano e tive a oportunidade de ficar seis meses com o time principal. E a outra passagem foi no último ano do juvenil. Foi muito boa, conseguimos ser campeão metropolitano, cheguei a defender a equipe adulta, fiz gols. E tive a oportunidade de permanecer no time por mais seis meses, até a metade de 2008”, revelou o atleta em relação aos tempos de Corinthians.
O “rodado” jogador do futsal paulista também jogou pelo Benicarló, da Espanha, país em que disputou a Liga Espanhola, competição considerada uma das mais difíceis do mundo pela modalidade. “Culturalmente falando, foi uma boa experiência. Mas, profissionalmente, não foi aquilo que eu esperava. O time passou por dificuldades financeiras durante a temporada, ficamos sem receber por alguns meses, e isso afeta no desempenho. A diretoria não conseguiu cumprir aquilo que prometeu. Mesmo assim, aprendi muito lá e conseguimos permanecer na primeira divisão”, disse Crepaldi sobre a experiência na equipe da Europa.
Pelo São José Futsal, o ala conquistou os Jogos Abertos Regionais e os Jogos Abertos do Interior, e se recorda, com carinho, não apenas de sua passagem pelo clube joseense, mas de gol que marcou em decisão de título pela equipe do Vale do Paraíba: “Sempre vou ser grato aos dois (Ivan Gomes e Firma), me ajudaram no momento difícil da carreira. Fui muito feliz no clube. E me lembro de um gol importante. Na final dos Jogos Abertos, estávamos perdendo para o Suzano por 2 a 1, faltavam poucos minutos para acabar a partida. Aí, eu fiz o gol do empate e conseguimos ser campeões na prorrogação. Momento que marca bastante”, declarou o jogador.
Há mais de quatro temporadas no Japão, onde disputa a Liga Nacional do país e, recentemente, chegou a 100 gols, recebendo prêmio por tal feito, Vinícius revelou o seguinte em relação à marca nas quatro linhas: “Foi na quarta temporada pelo time. Fico feliz e honrado em ter feito esse número de gols. Expressivo e que deixa o meu nome na história da modalidade no país. Espero que as pessoas lembrem desse recorde que bati tão rapidamente. Quem faz gol é muito valorizado, então a importância é enorme”, disse o ala.
“Adaptação foi muito boa. É um país completamente diferente. Estilo de vida das pessoas, organização, senso de cidadania. São muito pontuais, educados. Sempre vejo ruas e praças limpas. E o principal aqui é a segurança. Dificilmente você vê roubos ou assassinatos. Posso andar na rua tranquilo, sem medo. E no Brasil, não, é totalmente o contrário”, completou sobre a adaptação no Japão e, também, a respeito das diferenças que vê entre o país e o Brasil.
“Foi difícil a parte da língua. A equipe tinha técnico brasileiro, então havia um tradutor que nos ajudava, orientava. Mas não era sempre que ele ficava ao meu lado. Então, tive que aprender na marra, a falar com os companheiros, pesquisar pela internet. Foi uma parte complicada. Mas hoje já consigo resolver alguns problemas sozinho, ainda cometo deslizes, erros, mas isso é normal. Estou buscando a perfeição”, falou Vinícius em relação às dificuldades encontradas no começo de “Terra do sol nascente”. “Eu não fecho as portas para o futsal brasileiro, está evoluindo, tem bons times, mas a princípio quero permanecer aqui no Japão. Tive o meu contrato renovado, estou feliz, e quero alcançar meus objetivos e escrever mais histórias neste time, que me acolheu tão bem”, finalizou o jogador que, feliz no Japão, pretende continuar escrevendo sua história nas quadras do futsal asiático.
 
Por Assessoria FPFS
Com informações: Globo Esporte
Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal (Vinícius Crepaldi)