Das quadras para o disco: Thiago Paulino fala sobre paixão pelo Orlândia

 
No ano de 2012, Vincenzo Spedicato, presidente de honra da ADC Intelli/Orlândia, declarou: “Falcão colocou a nossa cidade no mapa do Brasil”. Tal afirmação foi dita por conta de, Falcão, considerado o melhor jogador de futsal de todos os tempos, ter conquistado, juntamente com o Orlândia, sequências vitoriosas dentro das quadras, fazendo do time orlandino uma potência no esporte.
Após três anos do crescimento e processo de “alavancada” da marca esportiva do Orlândia, um atleta paralímpico, Thiago Paulino, compete pelo atletismo e faz parte dos grandes patrimônios esportivos da equipe orlandina, desde 2013. Ele, que é recordista nacional em lançamento de disco “F57”, além de ser responsável pela quarta melhor marca do mundo em arremesso de peso, estreou nos Jogos Parapan-americanos de Toronto, no Canadá, nesta segunda-feira (10). Em entrevista ao GloboEsporte.com, Paulino falou sobre a admiração que tem pela ADC Intelli/Orlândia no futsal e por grandes nomes do time intelliano.
Natural de Orlândia, São Paulo, Thiago tem o futsal com uma das grandes paixões, assim como muitos do município interiorano. Nos tempos de criança, por exemplo, buscou ser jogador da modalidade, visando, um dia, vestir a camisa da equipe grená. Curiosamente, Paulino chegou a ser treinado pelo técnico Cidão, que hoje comanda a Intelli pelas Ligas Paulista e Nacional; o atleta, que é amigo do treinador, acredita que tal proximidade o colocou para fazer parte do esporte orlandino, que vai muito mais além das quadras de futebol de salão.
“Foi o Cidão quem me apresentou à diretoria do Orlândia. Ele e o Carlão (Carlos Silva, diretor de esportes do clube) me ajudam muito. O Orlândia é um orgulho para a nossa região. Vou aos jogos da equipe sempre que posso e treino na própria cidade. Estou gostando muito da campanha da equipe na Liga Nacional (LNF). Do grupo atual, sou muito fã do Gadeia e do Dieguinho”, disse Thiago.
O atleta paralímpico, que perdeu a perna em acidente de moto no ano de 2010, também contou sobre ter recebido presente dado por nada mais, nada menos, que o craque Falcão, que jogou pela Intelli em 2013, fazendo história pelo time grená: “Doou uma joelheira e uma meia específica para a prótese, com valores somados de aproximadamente R$ 3 mil”, revelou Paulino. 
“Como me exercito bastante, a minha prótese acaba precisando de muita manutenção. Tenho despesas de R$ 3 a R$ 4 mil a cada três ou quatro meses. Ainda não conto com patrocinadores pessoais e tenho tido dificuldades com as minhas despesas”, completou Thiago. 
Meses após ter a perna amputada, Thiago descobriu o esporte paralímpico por recomendação do amigo Rodrigo Paixão, que atuava na área. Com conquistas acumuladas nos últimos quatro anos, ele já sabe onde quer chegar: “Quero ser campeão mundial e paralímpico. Por tudo o que vivi até aqui, acho tenho forças de sobra para buscar o que eu quero”, disse o “gigante” do atletismo e fã do Orlândia. 
 
Por Assessoria FPFS
Com informações: GloboEsporte.com
Foto: Divulgação/Márcio Damião