Marcio Brancher fala da emoção de jogar com o filho pelo Real Arzignano, clube da 2a divisão do futsal italiano

Jogar com o filho em um esporte coletivo como o futsal é uma oportunidade que poucos jogadores tem. Quando o filho está começando a carreira no esporte, por diferença de idade, o pai já está se afastando das quadras.
Quando o jogador alcança os 30 anos, o mesmo já começa a pensar em sua aposentadoria das quadras em média cinco, seis anos mais tarde. O caso do Marcio Brancher, por exemplo, vai além das expectativas no que diz respeito ao tempo de atuação de um atleta na modalidade.
Atualmente com 50 anos e com passagens por diversos clubes do Brasil, entre eles: a ACBF Carlos Barbosa – RS, JEC Joinville – SC, Bordon – SP, AABB – SP e GM – SP, . Além de atuar em clubes nacionais, o jogador ainda em atividade também defendeu as cores da seleção brasileira, sendo campeão mundial em 96.
Hoje defendendo as cores do Real Arzignano, clube que disputa a segunda divisão do Campeonato Italiano, Marcio tem um motivo especial para, aos 50 anos, ainda festejar dentro das quatro linhas: o seu filho, João Victor Brancher, de 25 anos, é o seu companheiro de clube.
Os dois já haviam se encontrado dentro das quadras, mas como adversários. “Eu já tinha jogado contra ele na Seria A Italiana onde eu era capitão do Marca Futsal e ele capitão do Arzignano Grifo.”
Além de adversários, a experiência de atuarem pelo mesmo clube também já tinha acontecido, em 2013. “Jogamos juntas na Série B e subimos para a A2 em 2013, agora ele voltou a jogar comigo. Desde 2013 ele sempre dizia que iria jogar mais um ano comigo antes que eu parasse de jogar e deu tudo certo.”
No último sábado, ambos puderam entrar em quadra novamente e jogarem lado a lado, pela primeira rodada do Campeonato Italiano Série A2 e, se a vitória foi importante para o decorrer da competição, um lance especifico da parte sem dúvida ficou marcado para o veterano jogador.
“O jogo do último sábado (7) foi o primeiro do Campeonato Italiano da Série A2 e, enfrentamos o Carré Chiupano, um clássico da região. Vencemos o jogo 5 a 4 sendo que  o terceiro gol foi anotado pelo João Victor. Ele fez um belo gol e saiu para comemorar e, se deu de frente comigo, que estava no meio da quadra. A emoção foi enorme”, concluiu Marcio.

Pai e filho na comemoração do gol anotado por João Victor