“Nossa história sempre foi muito grande”, ressalta Deives, capitão da seleção na Copa América

Era o primeiro torneio oficial que a seleção brasileira iria disputar sem Falcão, recém-aposentado com a camisa verde e amarela. Alguns jogadores, com passaporte carimbado pela seleção, como Gadeia, Cabreúva, Rodrigo, Çiço, deram lugar para uma nova safra que está aparecendo no futsal brasileiro, não por algum tipo de deficiência ou barragem, mas porque em algum momento é natural que uma equipe passe por uma espécie derenovação, PC Oliveira achou que o momento poderia ser esse.
Nomes como Marciel, Arthur, Leandro Lino, Daniel e Alex apareceram na lista de PC, todos com menos de 23 anos. Jovens, o treinador mesclou o elenco com a presença de alguns experientes atletas: os goleiros Tiago e Guitta, o fixo Nenê e o ala/pivô Deives.
Como toda a equipe que se renova, é natural que vem a desconfiança por partes dos adversários, mas em momento algum isso passou pela cabeça dos jogadores do Brasil. “Nossa história (seleção brasileira) sempre foi muito grande. A mescla de experiência entre eu, Tiago, Guittta e Nenê com os mais novos deu muito certo e acredito muito nessa receita, ainda mais para eles (os mais novos) que estão começando agora”, disse o capitão da seleção na Copa América, Deives.
Foram seis jogos, três pela fase de grupos e depois um a cada fase que o Brasil avançava. Alguns adversários a seleção passou com mais facilidade, outros nem tanto, como a anfitriã Argentina: empate sem gols pela terceira rodada da primeira fase. Antes vieram Bolívia e Chile, respectivamente. Nas quartas, Venezuela, nas semifinais, Paraguai, e novamente o time brasileiro enfrentaria a Argentina, atual campeã mundial, na final.

Foi a primeira competição oficial sem Falcão, recém-aposentado da seleção.

“Chegamos na Argentina desacreditados. Iriamos enfrentar o atual campeão mundial, na sua casa e com o apoio da torcida”, ressaltou o jogador de 32 anos, que foi para a final lesionado em decorrência do jogo anterior. “Tive um lesão no último minuto da semifinal, mas queria muito ajudar nem que fosse cinco minutos em quadra. Fui no meu limite. Quando saí, ajudei como pôde também, auxiliando e apoiando ao mesmo tempo”.
Resultado de tanto esforço? Título e levantar a 10ª taça de Campeão da Copa América. “Fiquei muito feliz e realizado pelo comprometimento que todos tiveram e pela conquista, ainda mais que tive o privilégio de erguer a taça como capitão”, concluiu Deives, terminando como artilheiro da competição, com seis gols.
 Fotos: Reprodução e Divulgação/AFA