“Onde tudo começou”: dois clubes, diversas glórias

Nesta sexta-feira, a série “Onde tudo começou” relembra a carreira do ex-jogador e agora professor de Educação Física e Pedagogo, Odimar de Moraes, ex-goleiro que teve passagens por E.C. Banespa e C.A. Paulistano. Entretanto, diferente e da maneira que é publicado o conteúdo, desta vez o ex-salonista de 69 anos, natural da capital paulista, é quem vai contar a sua história dentro da modalidade. Confira:

Início

“Fui levado pelo meu amigo de infância da “turminha” da rua no Bairro do Brooklin e hoje meu compadre, o Ziza (José Lázaro Robles), que já atuava no clube Banespa. O Ziza jogava no infantil do E.C.Banespa e eu comecei a treinar lá em 1962. Em 1963, ano do qual comecei a jogar oficialmente no clube, tivemos a conquista do bicampeonato Metropolitano onde a mesma equipe foi tetracampeã Paulista Infantil entre outros.  Jogaram nessa categoria: Arnaldo “Feitiço”, “Helinho”, Edson Di Fonso, comandados pelo professor José Carlos da Silveira, “Pororó”, relembra o ex-goleiro.

Sobre o E.C. Banespa

“O E.C. Banespa foi sempre uma escola de goleiros do futebol de salão. Formou muitos craques desde a década de 60. Como por exemplo: o Darke Martins, Dr. Ênio Buffalo famoso cardiologista, “Janguinho” pai do Grello, “Penicilina”, Armando “Manduca”, Edson Di Fonso, Antônio Iapichini “Pipa”, “Veludo”, Zé Roberto, “Luizinho” entre outros”, diz.

Odimar é o segundo da esquerda para à direita: (Foto: arquivo pessoal)

O fim da modalidade no tradicional clube de São Paulo

“Em 1966, o E.C. Banespa decidiu terminar com as suas equipe competitivas através da sua diretoria. Em função disso, acabou com as modalidades de futebol de salão, vôlei, esgrima, ginástica olímpica e os demais esportes relacionados com as federações. Por isso, os atletas do futebol de salão dessa época foram procurados pelos dirigentes dos clubes como o Palmeiras, com o Feiticinho, Pinga Fogo, Albertinho e Edson Di Fonso indo para lá. E para o C.A.Paulistano foi todo o time juvenil como os atletas: Odimar “Borracha”, Leonidas Milioni, Rubens Caporal, “Rubão”, Marcel “Esquerdinha”, Ziza, Pipa, eu entre outros. Para a equipe principal foram: Guto, Pororo, Pereira, Carlinho Macuco, e Helinho”.

Títulos de Odimar de Moraes Conquistados pelo E.C. Banespa

Bicampeão Paulista – Categoria Infantil – 1963/1964;
Campeão Paulista do Torneio Início – Categoria Principal – E.C. Banespa – 1971;
Campeão Paulista de Futebol de Salão – Categoria Principal – E.C. Banespa -1971;
Campeão Estadual de Futebol de Salão pelo E.C. Banespa – Categoria Principal – 1975;
Campeão Paulista de Futebol de Salão pelo E.C. Banespa – Categoria Principal – 1976.

 

Títulos Conquistados pelo C.A. Paulistano

Campeão Estadual Juvenil em 1966;
Campeão dos Primeiros Grandes Jogos de Belo Horizonte – Categoria Principal -1967;
Prêmio de Atleta mais eficiente do Futebol de Salão em 1968 recebendo o troféu “FUTSAL” e diploma outorgado pela Federação Paulista de Futebol de Salão.

Títulos Conquistados Categoria Adulto

Campeão Paulista do Torneio Início – Categoria Principal – E.C. Banespa – 1971;
Campeão Paulista de Futebol de Salão – Categoria Principal – E.C. Banespa -1971;
VII Campeão Brasileiro de Futebol de Salão em São Paulo  –  Seleção Paulista – Categoria Principal – Campeonato realizado no Tênis Clube Paulista  – 1971;
Vice- campeão da Taça São Paulo pelo E.C. Banespa – Categoria Principal – Promovida pela Prefeitura Municipal de São Paulo – 1971;
Campeão do Torneio Rumi de Raniari pelo E.C. Banespa – Categoria Principal – 1971;
Campeão Brasileiro do Sesquicentenário da Independência do Brasil pela Seleção Paulista – Categoria Principal – No Festival dos Esportes em Recife – PE – 1972;
Campeão Estadual de Futebol de Salão pelo E.C. Banespa – Categoria Principal – 1975;
Campeão Paulista de Futebol de Salão pelo E.C. Banespa – Categoria Principal – 1976.

Participações como atleta à nível universitário Seleção Paulista

Campeão Brasileiro Universitário nos XXI Jogos Universitários Brasileiros pela FUPE em Brasília – JUL 1970 – Cerimônia de Abertura realizada no estádio que depois seria renomeado como Mané Garrincha pelo então Presidente da República do Regime Militar General, Emílio Garrastazu Médici.

Profissão atual

“Sou professor titular da Faculdade de Educação Física da FMU desde 1989, professor do Departamento de Ortopedista e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), no setor de atividade física e qualidade de vida e professor do grupo da melhor idade de alongamento, fortalecimento e caminhada no Condomínio Marambaia em Vinhedo (SP)”.

Carreira no futebol de salão

“Sempre gostei de esportes na escola, jogava todas as modalidades. O que me motivou foram as evoluções do treinamento do Professor e Técnico Pororó e títulos conquistados (quando ainda atuava pelas categorias de base do E.C. Banespa)”, diz.

Momentos

“Em janeiro de 1973, no VIII Campeonato Brasileiro de Futebol de Salão disputado pela seleção paulista, em Florianópolis. Fizeram a abertura do Campeonato o presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), Sr. João Havelange, e representantes do CND (Confederação Nacional de Desportos) e presidentes das várias Federações do Brasil no Ginásio do SESC. A delegação de São Paulo se retirou da competição após um tumulto generalizado entre as equipes no ginásio onde a seleção paulista vencia a forte equipe do Ceará por 2 x 1 e provavelmente faria a final com a Seleção do estado da Guanabara (Rio de Janeiro). Neste tumulto que estava acontecendo dentro do ginásio, quase todos os jogadores foram para o vestiário e, com medo, o Motta Rabelo “Tamanduá” encontrou uma porta no fundo do vestiário e fugiu de medo da confusão. No fim, alguns torcedores viram que ele estava fora do ginásio, o perseguiram e ele notando que estava sozinho, foi bater na porta do vestiário pedindo socorro para abrirmos e conseguiu se safar da confusão”, conta Odimar.

 

 

 

 

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