ONDE TUDO COMEÇOU: JORGE LUIZ CORREGIARI, O CHAVEIRINHO

A homenagem do “Onde Tudo Começou”, vai para o ex. jogador, o fixo, Jorge Luiz Corregiari, que é conhecido no meio do futsal como Chaveirinho.
Hoje (2020), com 66 anos, Chaveiro atua como empresário no ramo da contabilidade. Está na profissão desde 1973.
“NA MINHA ÉPOCA O FUTSAL ERA DIFERENTE, AS QUADRAS DESCOBERTAS A BOLA ERA COM PREENCHIMENTO DE AREIA”.
Por Chaveirinho
O início
“Comecei a jogar futebol de salão entre 1965 e 1966 no C.A.U.I. e o meu primeiro técnico foi o Romeu Fruggis (falecido).
Nessa época, o futebol de salão era um outro esporte, onde as quadras eram descobertas, a bola era com preenchimento de areia, e em algumas quadras valia chutar a bola contra a parede, e o jogo continuava não tinha lateral”. Foi aí que peguei gosto pelo esporte, e fui levado para jogar na Hebraica pelo Helinho, em 1970. Na Hebraica, o meu técnico inicialmente foi o Machado, e logo em seguida o Corsini, com a preparação física do saudoso Geraldo”, destacou Chaveiro.
“Joguei com grandes jogadores na Hebraica, como Roberto Rosenthal, Chaim, Zeca, Pagura, Patinhas, Vitché, e entre outros. Fiquei na Hebraica até a geração de ouro do Juvenil que subiu para o principal, com MIral, Dario e outros. E ainda vieram Banzé, Célio, Tite e Churrasco”.
“Quando decidi em 1976 parar de jogar na primeira divisão, resolvi só jogar o extra oficial por conta de compromissos profissionais, já com o meu primeiro escritório de contabilidade. Tinha que manter um ganho razoável para manter a família e o Futebol de Salão não remunerava bem os profissionais naquela época”, completou Chaveiro.
TÍTULOS
Chaveiro ganhou títulos importantes no futsal paulista, entre os principais foram:
• 1x Campeão Sul-americano Interclubes – 1979
• 3x Campeão do Torneio Cruzeirão – (1980, 1981, 1982)
• 3x Campeão dos Veteranos
• 2x Campeão da Série B

TIMES
• Clube Atlético União de Indianópolis
• Hebraica
• Colégio Bilac
• C.A Parque da Mooca
• Takara Belmont
• TransBrasil
FORA DAS QUADRAS
Assim como muitos atletas que atuaram no futsal, Chaveiro também trabalhava em outra profissão.
“Todos nós que jogávamos no início dos anos 70 e tínhamos que ter um emprego paralelo ao esporte. As equipes não tinham recursos para pagar um salário para viver somente do esporte, bem diferente que acontece hoje. Em 1973, montei o meu primeiro escritório e não dispunha de tempo para treinar, viajar etc.”, contou Chaveiro.
PERSPECTIVA NO ESPORTE
Perguntado sobre o que ele espera sobre o futuro do futsal, Chaveiro conta sobre algumas situações que envolvem o futsal.
”O futsal passou muitos anos sendo dirigidos por pessoas que tinham interesses pessoais no esporte e que não tinham a visão de verdadeiros dirigentes. Por isso até hoje, o esporte não conseguiu ser reconhecido como uma modlaidade olímpica.. As regras demoraram décadas para serem atualizadas e modernizadas, e todos os “salonistas” estão pagando um preço muito alto pelo descaso dos dirigentes que não tinham nenhum interesse em fazer o esporte evoluir naquele período” destacou Chaveiro.
HISTÓRIAS
“Foram várias situações engraçadas que vivenciei, mas acho que o que mais marcou foi na época que disputávamos um campeonato curto que faziam, o chamado “Salão da Criança”, onde os jogadores eram selecionados pela altura e não pela idade”. A organização colocava uma régua na parede para medir a altura de cada jogador. E eu, como nunca tive grande estatura, joguei no salão da criança até meus 18 anos. Era uma situação inusitada você jogar pela altura”, concluiu o ex-fixo.

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