“ONDE TUDO COMEÇOU” : “O futebol de salão me ajudou muito sem o futsal eu não estaria onde estou hoje”.

Ex-ala, o homenageado desta sexta-feira do “Onde tudo começou”, Carlos Alberto da Silva Borgerth Ferreira, que atua como administrador na defensoria pública de São Paulo. Hoje com 65 anos de idade o ex-atleta é conhecido no futsal como “Maninho”, confira:

INÍCIO

Maninho contou seu início de trajetória no futebol da bola pesada e de toda sua gratidão ao esporte.

“Nunca joguei federado nas categorias menores. Avalio que isso dificultou um pouco a minha obediência tática, apesar de que também acho que isso ajudou na criatividade, principalmente nas jogadas individuais, pois nunca tive técnico falando na minha orelha”.

“Estreei já com 20 anos no principal no São Paulo F.C, levado pelo finado Juarez, primeiro técnico que tive e que me conhecia, pois morávamos no mesmo bairro. Tive uma carreira curta, já que em 1981 parei de jogar, pois tive uma proposta profissional de trabalho irrecusável na época e que me impediu de jogar, pois era pra trabalhar no horário noturno”.

“Financeiramente foi excelente, mas confesso que dinheiro não é tudo e se o tempo voltasse não teria parado de jogar, pois estava com 26 apenas. Voltei a jogar dois anos depois, mas já não era o mesmo, principalmente no aspecto físico, pois foram dois anos sem qualquer atividade física. E aí resolvi parar”, contou Maninho.

“O futebol de salão me ajudou muito. É isto mesmo. Sem o futebol não estaria onde estou. Morava, na minha infância, na chamada “Boca do lixo” no meio de drogados, ladrões, traficantes.

“A quase totalidade de meus amigos de infância já não está mais aqui, o futebol me ajudou a ficar longe das coisas erradas, além de ter dado condições de estudar, pois com as chamadas “ajuda de custo” dos clubes na época, eu pagava minha faculdade”, contou Maninho.

TIMES

  • São Paulo F.C
  • Círculo Militar
  • S.C Corinthians Futsal
  • Banespa
  • Gercan

HISTÓRIAS

“Jogando pelo Corinthians praticamente todo final de semana viajávamos para disputar jogos amistosos. Tínhamos um compromisso em Avaré, no interior de São Paulo, com o jogo marcado para as 15hrs Era um sábado e a saída estava marcada para 11hrs, no Parque São Jorge”, contou Maninho.

“Neste dia estava tendo uma confraternização com todas as Diretorias do clube, com convite feito pelo então presidente do Corinthians, folclórico Vicente Mateus. Muito amigo do nosso Diretor de Esportes “exigiu” que almoçássemos com todos antes da viagem. E era uma “Feijoada”.

“Nosso Diretor, Geraldo Rabelo sempre brincava dizendo que “o jogo começa quando o Corinthians chegar”. E aconteceu. Saímos do Parque São Jorge às 15:30 hs, ou seja, meia hora depois do horário marcado para o jogo em Avaré, que ficava a cerca de 3 horas de São Paulo”.

“E, em contato por telefone dizia que o ônibus tinha quebrado e que atrasaríamos. O Ginásio estava lotado desde as 14 hs. Às 18 horas foram devolvidos os valores dos ingressos (o jogo teve cobrança de bilheteria) e todos foram embora. Chegamos à cidade por volta das 19:00 hs. Dois jogadores foram à rádio principal da cidade e um carro com alto-falante andou pela cidade comunicando que o jogo estava remarcado para as 20:30.

– Conclusão: jogo realizado com o ginásio novamente lotado. Placar: 7 x 2 para o Corinthians, finalizou Maninho.

 CURIOSIDADES

Outro fato curioso sobre Maninho é com relação ao seu filho, Tiago. Se por um lado Maninho atuou apenas na Categoria Principal, seu filho jogou somente nas categorias menores e com uma grande coincidência: Nos mesmos times que ele, à exceção do Gercan.

Jogou nesta ordem pelas seguintes equipes:

Banespa – Fraldinha

São Paulo – Pré-mirim

Círculo Militar – Mirim

Corinthians – Infantil

Penha – Infanto

 

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