"Craques dentro e fora da quadras": Papa títulos, futsal de base feminino do Corinthians/Tiger detém 58 taças

Desde o ano 2000 disputando campeonatos de base feminino em categorias sub-13,  sub-15 , sub-17 e sub-20, o Instituto Tiger, conhecido no futsal como Corinthians/Tiger por conta da parceira com um dos principais clubes de futebol do pais, coleciona diversos títulos, entre eles Estaduais e Metropolitanos, ambos organizados pela FPFS, além de campeonatos brasileiros.
Mas, para ter sucesso dentro das quatro linhas, é preciso organização, planejamento e sabedoria fora das quadras. Quando todos esses elementos são realizados de forma eficiente, automaticamente o resultado em quadra é satisfatório e mostra o grande trabalho de quem atua nos bastidores.
Como já mencionado, o time da capital paulista é detentor de muitos troféus, totalizando 58, juntando as conquistas da época quando era apenas Tiger e depois com a parceria com o Corinthians, o que acaba mostrando o quanto é eficiente os trabalhos realizados por quem está no dia a dia do clube. Porém, para tudo se tem um começo, e ele começa com o planejamento, as estruturas e ideias que começam a sair do papel e são colocadas em prática.

Conquista do Estadual Categorias de Base. Foto: Divulgação

“Nosso planejamento é feito de ano em ano. Começamos um planejamento entre setembro e outubro do ano anterior ao que nós pensamos para o ano seguinte.  Todas as nossas atletas de futsal jogam no futebol do campo. Trabalhos com os dois lados da moeda. A partir de janeiro começamos a colocar essa situação em pratica, realizando peneiras, buscar bolsas de estudos para as atletas”, destaca Wagner Oliveira, supervisor e responsável pelo processo de planejamento do Corinthians/Tiger.
Entretanto, o futsal feminino corintiano não está ligado apenas ao desenvolvimento  e revelação de atleta na modalidade –  já foram reveladas mais de 40 jogadoras desde a sua criação -,  mas também na sua vida pessoal. No caso do clube da capital paulista, acima de tudo vem a parte social.
“Nosso planejamento principal se constitui na parte social. O Tiger é uma instituição que busca ajudar as atletas tanto no masculino quanto no feminino. Buscamos atletas que gostam do esporte, e a partir disso temos as nossas vertentes que vão se multiplicando. A jogadora tanto pode jogar como um trabalho social, escolares e de alto rendimento”, afirma Wagner
De acordo com o supervisor, são fornecidas 40 bolsas de estudos por ano para as jogadoras que atuam pelo time Alvinegro. Outra parte importante desse processo juntamente com o estudo e desenvolvimento está ligado a questão familiar. As conversas entre diretoria, comissão técnica e a base visam também mostrar a importância dos estudos, já que a carreira de uma atleta no futsal é curta: em média 10 anos.
Por conta do grande número de praticantes, o futsal se tornou o esporte mais praticado no Brasil se não no mundo. Quem o pratica desenvolve habilidades que o supervisor acredita serem importantes não só pelo espetáculo levado ao público,  mas também para quem observa do lado de fora do ponto de vista de um investimento.
“O futsal traz para o atleta uma questão cognitiva, uma coisa muito grande, porque é um esporte que você tem que pensar rápido, resolver os prolemas rápido. Atletas que joga m futsal têm um discernimento das situações mais rápido do que um atleta que não joga futsal.  Isso se da por conta do trabalho que é feito: os espaços mais curtos, quantidades de vezes que o atleta pega na bola. Isso faz com que a jogadora seja privilegiada em questão do raciocínio mais rápidos”, garante.
Não atoa, por conta da grande quantidade de títulos conquistados, inclusive na temporada passada – Campeonato Estadual sub 13 e sub-17 -, os representantes do Corinthians/Tiger  buscam aprimorar, ano após ano e com trabalhos gradativos, manter equipes de bases fortes e brigando por mais troféus.
Foto: O futsal de base feminino corinthiano acumula 58 títulos conquistados. Divulgação Corinthians/Tiger

Formas de trabalhar bem sucedidas, porém, não são o suficientes para uma preocupação de Wagner, temeroso com o futuro do futsal feminino, fazendo uma ressalta sobre a importância do comprometimento das atletas não só nas quadras, mas principalmente fora delas.
“As atletas precisam se conscientizar do que querem para o futuro delas. O esporte é vendido por imagem. O salário da atleta vem da imagem dela. As atletas precisam ser mais cuidadosas em relação aos seus comportamentos. Existem atletas bem sucedidas no futsal, atletas de alto rendimento porque cuidam da sua imagem. Isso precisa ser melhorado”, finaliza.
*O próximo clube participante da série “Craques dentro e fora da quadras” será o DVS São José, atual campeão do Metropolitano e Estadual.