Onde tudo começou: “Antigamente era como um jogo de xadrez”

Palmeiras Infanto, Palmeiras Juvenil, Palmeiras Principal, Hebraica, Gercan, Moinho Água Branca, Rossi e GM. Esses foram os clubes que Daniel Aquiles de Cenço, ex-jogador de futebol de salão dos tempos da bola pesada defendeu enquanto jogador. Palmeirense desde criança, vamos contar um pouco da história do ex-atleta na série “Onde tudo começou”, onde serão resgatadas histórias de quem escreveu a sua no futebol de salão e futsal, e ainda contribui para o crescimento das modalidades.

Nascido na capital paulista em 17 de junho de 1958, Daniel Aquiles de Cenço começou a sua trajetória no Botafoguinho do Itaim bibi no final dos anos 60. Posteriormente, em 71, entrou para o ACM-Lapa/SP. Após boas atuações em diversos campeonatos: municipais, estaduais, brasileiros e sul-americano, a grande chance e sonho de jogar no clube que sempre gostou e torcia assim como toda a família, veio após em uma das classes (assim eram chamados os treinos na época), dois representantes do Palmeiras marcarem presença e convidarem Daniel e mais quatro atletas para treinos no clube. Após um mês treinando no Palestra Itália, o ex-ala/pivô foi aprovado nos testes e inscrito na FPFS, passando a integrar as categorias de base do Palmeiras.

De 73 à 79, o ex-jogador passou por todas as categorias menores até chegar ao principal, conquistando inúmeros títulos: campeão Metropolitano Infanto, Metropolitano Infantil e Metropolitano Principal.

“Amava jogar futebol de salão e jogar no meu Palmeiras do coração. Só conseguia deixar de lado esse sentimento quando jogava contra o Palmeiras. Nisso sempre fui muito responsável”, disse Daniel

Daniel Aquiles de Cenço (agachado, o primeiro da dir. para a esq.), defendendo as cores do Palmeiras.

Já em 1980, o ex-jogador trocou de clube e foi para a Hebraica*, tradicional clube da modalidade da época. No ano seguinte, migrou para a Gercan. Por lá, foi vice-campeão vice-campeão do Metropolitano. Em 82, atuava pelo Moinho Água Branca (PE), e foi vice-campeão do Estadual. No ano seguinte, defendeu as cores do Rossi-SP.

Retornou para o Palmeiras em 84 e, após mais um ano defendendo as cores verde e branco, de 85 à 87 defendeu as cores da GM. Além dos títulos Metropolitanos e Estaduais, Daniel também representou e foi campeão brasileiro com a Seleção Paulista em 81, em Brasília.

Após pendurar as chuteiras, Daniel foi para outra área. Atualmente com 60 anos, mora na cidade de Garopaba, em Santa Catarina. Trabalhando como corretor de seguros há mais de 20 anos, o ex-jogador assiste sempre que possível as partidas de futsal, e nota diferenças nos estilos de quando atuava e atualmente. “Era muito estudado e treinamento era importantíssimo. Digo que era como jogo de xadrez, com a participação de jogadas de individualidade”, diz.

Sobre as regras do futsal, também são diferentes em relação as que ele costumava seguir n salão. “Goleiro não saia da área e não valia gol dentro dela. Lateral e escanteio eram com as mãos”, aponta.

O ex-jogador tem dois filhos: Caio (29 anos) e Mariel (27 anos). O mais velho puxou a origem esportiva do pai: primeiro atuou no futsal paulista até migrar para o campo, e hoje em dia atua no futebol italiano, no FC Sudtirol. Já a filha foi para o Direito, trabalhando como advogada.

Ex-atletas que deixam os seus legados ficam eternizados e inspiram os mais novos a também irem em busca dos seus objetivos. A busca pela perfeição individual e coletiva, atrelada a força de vontade e respeito faz-se necessária. Daniel Aquiles de Cenço faz parte dessa história.

Daniel, em visita a sede da FPFS recebendo homenagem das mãos do presidente da entidade, Nilton Cifuentes Romão, pela contribuição ao esporte.

*Daniel com o time da Hebraica em 1980. Agachado, o segundo da direita para a esquerda.

 

 

 

 

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