“Onde tudo começou”: Chumbo e muitas divididas

Nelson Airton Tostte. 65 anos, projetista Civil e assessor logístico, aposentado, será o entrevistado desta sexta-feira na série “Onde tudo começou”, contando com mais detalhes histórias de ex-salonistas com passagens por grandes e tradicionais clubes do país.

Talvez pelo nome de batismo muitos não saibam a qual jogador a série se refere, mas quando é trocado o nome de batismo pelo apelido, Chumbo, boas recordações vem à tona. O apelido é curioso, dado por José Marcos Barbosa por não perder nenhum dividida durante os jogos.

Início

“Comecei em meados de 1964, na zona norte de São Paulo, no futebol de campo, pois na época o futebol de salão não era difundido. Minha posição era goleiro. No fim de 1965 fui convidado por um amigo do meu pai que trabalhava no Circulo Israelita Macabi para fazer um teste no futebol de salão como goleiro. Entretanto, no dia marcado resolvi jogar na linha, acreditava que poderia me sair melhor”, relata Chumbo.

“Depois do teste e marcar vários gols, fiquei de voltar para um jogo teste contra os cinco garotos, no qual o Adãozinho, do Corinthians, era o grande jogador. Comecei no banco e o primeiro tempo acabou 3 a 0 para o adversário. Entrei no segundo tempo e viramos o jogo, e dali começou a minha caminhada como federado (categoria infantil)”.

Categoria Juvenil do Palmeiras no futebol de salão. (Foto: arquivo pessoal)

Percurso no Palmeiras

“Em um jogo contra a Portugesa, estavam lá José Marcos Barbosa e Miguel Neto, que viram a minha atuação. Na semana seguinte fui convidado para ir jogar no Palmeiras. Fui campeão Paulista Infantil Invicto e artilheiro do Paulista”, conta o ex-jogador, que atuava na posição de frentista.

A rotina entre futebol de salão e campo

“Em 1967 e 68 já como ala, enquanto jogava futebol de salão, também jogava futebol de campo no Palmeiras, mas como quarto zagueiro/volante. Cheguei ao time de aspirantes e em seguida seleção paulista de novos, que viajou pela Europa e Ásia em amistosos durante 60 dias, hoje em dia denominada Seleção sub-20”.

Chumbo com a camisa do Palmeiras, categoria Juvenil do futebol de campo. (Foto: arquivo pessoal)

Dedicação inteira ao futebol de salão

“Com a chegada ao profissional, me deparei com o time da Academia, onde não tive a oportunidade de seguir em frente, então me dediquei inteiramente ao futebol de salão como beque, pois existiram vários craques como ala e frentista. Também voltei a trabalhar e estudar”, diz.

Dedicação e título

“No mesmo ano (1970), fui campeão da Taça Brasil junto com as feras: Pipa, Feitiço, Serginho Carioca “Pelé do Salão”, Pinga Fogo, Sorage e vários outros craques. Fui chamado algumas vezes para seleções paulista e brasileira, mas tive que renunciar motivado por problema com as empresas onde trabalhava”.

Retrospecto da carreira

“Joguei praticamente 20 anos (Infantil, Juvenil e Principal) sendo 14 anos pelo Palmeiras, quatro de Gercan e dois de Bordon.  Fui campeão em todas as categorias. Também campeão Sul-Americano no Uruguai, além de campeão do  Torneio Início, Estadual e Paulista”, conclui Chumbo.

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